segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Igreja não é uma ONG, é uma mãe

O texto a seguir, da homilíado Papa Francisco, foi compartilhado em um fórum no nosso curso História da Igreja, turma 4, pela aluna Manuela C. E. (Distrito Federal). Ao ler o texto da homilia, a aluna se recordou das aulas... a Igreja, nascida do coração do Pai... é uma mãe! - E, nós compreendemos que deveria ser compartilhado como os alunos de outras turmas, por isso o apresentamos aqui.

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"A Igreja não é uma organização burocrática, mas é uma história de amor: é o que disse o Papa durante a Missa presidida na Capela da Casa Santa Marta, da qual participaram funcionários do Ior. 

As leituras do dia contam as vicissitudes da primeira comunidade cristã que cresce e multiplica os seus discípulos. Uma coisa boa – observa o Papa –, mas que pode levar a ‘pactos’ para ter ainda ‘mais sócios neste empreitada’: 

“Ao invés, o caminho que Jesus quis para a sua Igreja é outra: o caminho das dificuldades, da Cruz, o caminho das perseguições... E isso nos pensar: mas o que é esta Igreja? Pois não parece uma iniciativa humana”.

Os discípulos, explicou, não fazem a Igreja – eles são enviados, enviados de Jesus. E Cristo é o enviado do Pai:

“E então se vê que a Igreja começa lá, no coração do Pai, que teve esta ideia … não sei se trata propriamente de uma ideia: o Pai teve amor. E começou esta história de amor, esta história de amor tão longa no tempo e que ainda hoje não acabou. Nós, mulheres e homens de Igreja, estamos em meio a uma história de amor: cada um de nós é um anel nesta cadeia de amor. E se não entendemos isso, não entendemos nada do que seja a Igreja”. 

A tentação, advertiu o Pontífice, é fazer crescer a Igreja sem percorrer o caminho do amor:

“Mas a Igreja não cresce com a força humana; alguns cristãos erraram por razões históricas, fizeram exércitos, guerras de religião: isso é outra história, que não é esta história de amor. Jesus disse que a Igreja cresce simplesmente como a semente de mostarda, cresce como fermento na farinha, sem alarde”. 

A Igreja – recordou – cresce “de baixo, lentamente”:

“E quando a Igreja quer se vangloriar da sua quantidade e cria organizações, escritórios e se torna um pouco burocrática, a Igreja perde a sua principal substância, e corre o perigo de se transformar numa organização não-governamental, numa ong. E a Igreja não é uma ong. É uma história de amor ... Os escritórios são necessários, mas até um certo ponto: o importante é como ajudo esta história de amor. Mas quando a organização fica em primeiro lugar, o amor desaparece e a Igreja, coitada, se torna uma ong. E este não é o caminho”. 

Um chefe de Estado – revelou Francisco – perguntou quanto é grande o exército do Papa. A Igreja – prosseguiu – não cresce “com os militares”, mas com a força do Espírito Santo. Porque a Igreja – repetiu – não é uma organização: 

“Não: é Mãe. É Mãe. Aqui há muitas mães nesta missa. Como vocês se sentiriam se alguém dissesse: ‘Mas … a senhora é uma organizadora da sua casa’? ‘Não: eu sou a mãe!’. E a Igreja é Mãe. E nós estamos em meio a uma história de amor que vai avante com a força do Espírito Santo e nós, todos juntos, somos uma família na Igreja, que é a nossa Mãe”. 

Por fim, o Papa elevou sua oração a Nossa Senhora para que “nos dê a graça da alegria, da alegria espiritual de caminhar nesta história de amor”."

Por Rádio Vaticano 
Fonte: http://www.grupodeoracaosaovicente.com.br/noticia/view/id/137

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