quarta-feira, 15 de maio de 2013

Por que uma formação cristã continuada, isso é moda?


Para lançar luzes a essa questão, compartilhamos com vocês um trecho do livro Batismo no Espírito Santo do ICRRS (Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica). Vamos à leitura:

"Crescimento Contínuo:*

“Eles mostravam-se assíduos aos ensinamentos dos apóstolos, à comunhão fraternal, à fração do pão e às orações” (Atos 2:42). Se o batismo no Espírito é para ser uma graça duradoura, deve haver um comprometimento com as práticas que constroem uma forte vida espiritual. Da mesma forma que na Igreja primitiva, estas práticas incluem formação, comunhão fraterna, os sacramentos e oração.  

A formação deveria ajudar as pessoas a desenvolverem o hábito da oração diária e da leitura da Sagrada Escritura na forma de lectio divina.

O batismo no Espírito dá um forte impulso à formação na comunidade. De forma ideal, o Seminário de Vida no Espírito leva à formação de pequenos grupos de partilha da fé que se reúnem regularmente. Os pequenos grupos dão às pessoas o contexto para desenvolverem comunhão e amizade, para partilharem suas alegrias, tristezas, e fardos; e para aprenderem a rezar uns pelos outros e se ajudarem mutuamente no chamado à santidade. Tais grupos são um poderoso antídoto para a solidão e despersonalização da sociedade contemporânea. Na verdade, é impossível viver a vida cristã sem alguma forma de vida em comunidade.

Deveria ser dada aos participantes a oportunidade de continuarem a aprofundar seu conhecimento sobre a fé e os santos e as tradições da Igreja. Há necessidade de formação sobre o ensinamento moral da Igreja, especialmente em vista dos muitos ataques da cultura secular. A catequese da teologia do corpo, do Papa João Paulo II sobre o amor humano no plano divino, é particularmente útil para dar às pessoas a visão da beleza do plano de Deus para a vida humana.

Finalmente, as pessoas deveriam continuar a alimentar sua vida espiritual participando regularmente e de maneira totalmente sincera do sacramento da reconciliação e da Eucaristia, “fonte e ápice de toda a vida cristã” (Catecismo da Igreja Católica, 1324)."

* Fonte:  ( ICCRS, Comissão Doutrinal do. Batismo no Espírito Santo. Pelotas/RS: Editora RCCBRASIL,  2013. p 82-83. Grifos nossos)
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Se o tema é formação continuada, "crescimento contínuo", indicamos alguns dos trabalhos que temos desenvolvido ou ajudado a desenvolver:

Para ampliação do tema, Catequese da Teologia do Corpo do Papa João Paulo II indicamos o artigo de João Paulo Veloso, publicado na Revista Teológica Veni Creator, 3ª edição. - Informações sobre o artigo e a revista em http://www.rccbrasil.org.br/venicreator/terceira-edicao.html.

Para desenvolver seu plano de leitura para conhecimento e meditação das Sagradas Escrituras, com a prática da Lectio Divina, este tema é tratado especialmente no Curso Introdução aos Estudos da Bíblia e como aula temática sobre a Leitura Orante da Bíblia no Curso Amigos de Deus.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Igreja não é uma ONG, é uma mãe

O texto a seguir, da homilíado Papa Francisco, foi compartilhado em um fórum no nosso curso História da Igreja, turma 4, pela aluna Manuela C. E. (Distrito Federal). Ao ler o texto da homilia, a aluna se recordou das aulas... a Igreja, nascida do coração do Pai... é uma mãe! - E, nós compreendemos que deveria ser compartilhado como os alunos de outras turmas, por isso o apresentamos aqui.

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"A Igreja não é uma organização burocrática, mas é uma história de amor: é o que disse o Papa durante a Missa presidida na Capela da Casa Santa Marta, da qual participaram funcionários do Ior. 

As leituras do dia contam as vicissitudes da primeira comunidade cristã que cresce e multiplica os seus discípulos. Uma coisa boa – observa o Papa –, mas que pode levar a ‘pactos’ para ter ainda ‘mais sócios neste empreitada’: 

“Ao invés, o caminho que Jesus quis para a sua Igreja é outra: o caminho das dificuldades, da Cruz, o caminho das perseguições... E isso nos pensar: mas o que é esta Igreja? Pois não parece uma iniciativa humana”.

Os discípulos, explicou, não fazem a Igreja – eles são enviados, enviados de Jesus. E Cristo é o enviado do Pai:

“E então se vê que a Igreja começa lá, no coração do Pai, que teve esta ideia … não sei se trata propriamente de uma ideia: o Pai teve amor. E começou esta história de amor, esta história de amor tão longa no tempo e que ainda hoje não acabou. Nós, mulheres e homens de Igreja, estamos em meio a uma história de amor: cada um de nós é um anel nesta cadeia de amor. E se não entendemos isso, não entendemos nada do que seja a Igreja”. 

A tentação, advertiu o Pontífice, é fazer crescer a Igreja sem percorrer o caminho do amor:

“Mas a Igreja não cresce com a força humana; alguns cristãos erraram por razões históricas, fizeram exércitos, guerras de religião: isso é outra história, que não é esta história de amor. Jesus disse que a Igreja cresce simplesmente como a semente de mostarda, cresce como fermento na farinha, sem alarde”. 

A Igreja – recordou – cresce “de baixo, lentamente”:

“E quando a Igreja quer se vangloriar da sua quantidade e cria organizações, escritórios e se torna um pouco burocrática, a Igreja perde a sua principal substância, e corre o perigo de se transformar numa organização não-governamental, numa ong. E a Igreja não é uma ong. É uma história de amor ... Os escritórios são necessários, mas até um certo ponto: o importante é como ajudo esta história de amor. Mas quando a organização fica em primeiro lugar, o amor desaparece e a Igreja, coitada, se torna uma ong. E este não é o caminho”. 

Um chefe de Estado – revelou Francisco – perguntou quanto é grande o exército do Papa. A Igreja – prosseguiu – não cresce “com os militares”, mas com a força do Espírito Santo. Porque a Igreja – repetiu – não é uma organização: 

“Não: é Mãe. É Mãe. Aqui há muitas mães nesta missa. Como vocês se sentiriam se alguém dissesse: ‘Mas … a senhora é uma organizadora da sua casa’? ‘Não: eu sou a mãe!’. E a Igreja é Mãe. E nós estamos em meio a uma história de amor que vai avante com a força do Espírito Santo e nós, todos juntos, somos uma família na Igreja, que é a nossa Mãe”. 

Por fim, o Papa elevou sua oração a Nossa Senhora para que “nos dê a graça da alegria, da alegria espiritual de caminhar nesta história de amor”."

Por Rádio Vaticano 
Fonte: http://www.grupodeoracaosaovicente.com.br/noticia/view/id/137